O dólar não adotou direção única nesta segunda-feira, 21, em relação a outras moedas principais, à medida que os investidores acompanharam o abrandamento das tensões comerciais entre Estados Unidos e China, mas continuaram monitorando discursos de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) sobre o futuro da política monetária nos EUA.

Próximo ao horário de fechamento das bolsas em Nova York, o dólar subia para 111,04 ienes, enquanto o euro avançava para US$ 1,1787. Já o índice DXY, que mede a moeda dos EUA contra uma cesta de outras seis divisas fortes, fechou perto da estabilidade, em alta de 0,04%, aos 93,677 pontos.

A força da atividade em solo americano voltou a dar as caras nos últimos dias, apoiada por dados acima do esperado da economia, o que já vinha beneficiando o dólar. Analistas também apontaram que a declaração do secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, no fim de semana, de que Washington estava colocando uma possível guerra comercial com a China “em suspenso” sufocou temores de que políticas comerciais protecionistas iriam desacelerar o ímpeto da economia global.

“Não há nada para perturbar o humor positivo geral do dólar”, disse o diretor de estratégia macro para a América do Norte na State Street Global Markets, Lee Ferridge. Ainda assim, alguns investidores se mostraram cautelosos porque o representante comercial dos EUA, Robert Lighthizer, assumiu uma posição diferente da de Mnuchin sobre se os EUA irão avançar com as tarifas sobre importações chinesas.

Além disso, investidores continuaram a monitorar o futuro da política monetária nos EUA. Apesar de se mostrarem otimistas quanto ao crescimento da economia americana, os dirigentes mostrara divergências em relação ao futuro da política monetária no país.

O presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, afirmou que a instituição está próxima de atingir suas metas de emprego e inflação. “Eu vejo a economia indo no caminho certo”, disse o dirigente, que tem poder de voto nas decisões de política monetária este ano. Em contraponto, o chefe do Fed de Filadélfia, Patrick Harker, afirmou que “não há pressa para subir juros” neste momento, apesar de ter dito que poderia mostrar apoio a quatro elevações nas taxas. Já o presidente da distrital de Minneapolis, Neel Kashkari, disse que são necessárias mais evidências de que os salários estão subindo. (Com informações da Dow Jones Newswires)