O dólar exibiu viés de baixa pontual na manhã desta terça-feira, 19, após abrir em alta e retomar o sinal positivo, alinhado à valorização persistente no exterior ante pares principais – e divisas emergentes e ligadas a commodities em meio a cautela renovada com a guerra na Ucrânia e perspectiva de aumento de juros mais agressivo nos Estados Unidos. O petróleo ampliou a queda para mais de 2%, pressionado por incertezas sobre o crescimento da economia global, em meio aos efeitos do “lockdown” imposto em várias cidades da China nas última semanas, incluindo Xangai.

Os investidores locais precificam ainda a aceleração do IPC-Fipe a 1,72% na segunda quadrissemana de abril, ganhando força em relação ao aumento de 1,56%, com ampliação de seis dos sete componentes do índice, com destaque para Alimentação (de 3,01% para 3,34%).

Segundo operadores, os mercados operam de olho também no risco de piora fiscal das contas do governo por causa das negociações por reajuste dos servidores públicos. Diante da insatisfação de diferentes categorias do funcionalismo federal com o reajuste linear de 5%, integrantes do Executivo avaliam ceder mais e oferecer, além de salários maiores, aumento do vale-alimentação e do valor das diárias concedidas para viagens, apurou a Folha de S.Paulo. Novas assembleias de servidores para avaliar as propostas ficam no foco.

Às 9h27 desta terça, o dólar à vista voltava a subir, cotado a R$ 4,6602 (+0,19%), após subir nos primeiros negócios à máxima a R$ 4,6707 e de cair à mínima a R$ 4,6467. O dólar para maio retomava viés de alta, de 0,09%, a R$ 4,6745, após mínima a R$ 4,6595 e máxima a R$ 4,6840.