Os futuros de petróleo operam em alta nesta manhã, mantendo a tendência vista ao longo da madrugada, em meio à desvalorização do dólar ante várias outras moedas, mas preocupações com a persistência do excesso de oferta global devem limitar o avanço da commodity.

Às 8h36 (de Brasília), o petróleo WTI para junho subia 1,03% na New York Mercantile Exchange (Nymex), a US$ 43,08 por barril, enquanto o Brent para o mesmo mês avançava 1,06% na IntercontinentalExchange (ICE), a US$ 44,95 por barril.

O petróleo é impulsionado pelo comportamento do dólar, que se desvaloriza nos negócios da manhã, à espera da reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA), que começa mais tarde e será concluída amanhã. O dólar enfraquecido torna a commodity mais atraente para detentores de outras divisas. A expectativa é que o Fed mantenha sua política inalterada, mas dê alguma sinalização de quando poderá voltar a elevar juros.

Analistas, porém, ressaltam que há poucos sinais de melhora nos fundamentos.

“Embora o petróleo tenha mostrado mais força nos últimos seis meses, o excesso de oferta ainda é medonho. Poderemos ver uma intensa correção no mercado em breve”, comentou Avtar Sandu, gestor de commodities da Phillip Futures.

Nos EUA, a provedora de dados Genscape divulgou relatório mostrando que os estoques de petróleo em Cushing (Oklahoma), principal ponto de entrega no país, cresceram cerca de 1,5 milhão de barris na semana passada.

No fim da tarde de hoje, a associação de refinarias conhecida como American Petroleum Institute (API, na sigla em inglês) publica levantamento semanal sobre os estoques dos EUA. Amanhã, sai a pesquisa oficial, do Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) norte-americano.

Já na Líbia, o governo que controla a porção leste do país informou que sua companhia petrolífera fez um primeiro embarque de petróleo bruto, no total de 650 mil barris, em direção ao arquipélago de Malta. As exportações de petróleo da Líbia têm sido irregulares desde a queda do ex-ditador Muamar Kadafi, em 2011. Fonte: Dow Jones Newswires.