O dólar chegou a se fortalecer um pouco logo depois da divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), mas depois perdeu um pouco de fôlego ante as moedas mais fortes e, no fim da tarde, oscilava ante o euro e o iene. Por outro lado, a moeda americana avançou ante as moedas emergentes e commodities, em dia de recuo acentuado no petróleo e de cautela na arena geopolítica.

No fim da tarde desta quarta-feira, 5, em Nova York, o dólar caía a 113,18 ienes e o euro recuava a US$ 1,1346.

Os dirigentes do Fed sugeriram que podem começar a reduzir talvez em alguns meses o balanço da instituição. Analistas acreditam que esse movimento de diminuição do balanço deve elevar os juros em empréstimos e também impulsionar o dólar. Por outro lado, esse movimento de alta deve ser menor em comparação com uma alta nos juros do BC americano, ponderam os especialistas.

Analista sênior de mercado da OANDA, Alfonso Esparza afirmou que o Fed poderia começar a reduzir o balanço já em setembro e elevar os juros novamente em dezembro. A inflação modesta, porém, pode atrapalhar os planos. Os fracos preços do petróleo, com a inflação abaixo da meta de 2% do Fed, poderia levar o banco central a dar uma pausa em seus planos para normalizar a política monetária.

Em relação às moedas emergentes e commodities, o dólar se fortaleceu, diante das tensões geopolíticas após o teste de míssil intercontinental da Coreia do Norte e também por causa do recuo do petróleo. O dólar canadense e o rublo, por exemplo, se desvalorizaram.