O índice DXY, que mede a variação do dólar ante outras seis moedas fortes, operou perto da estabilidade nesta sexta-feira, 15, em um pregão marcado pela volatilidade nos mercados financeiros, mas encerrou a semana com ganhos. Ainda que a moeda americana tenha caído em relação às divisas do Japão e da Europa, a fraqueza da libra compensou as perdas.
No fim da tarde em Nova York, o dólar recuava a 107,16 ienes, enquanto o euro avançava a US$ 1,0820 e a libra cedia US$ 1,2105. O índice DXY recuou 0,06%, a 100,402 pontos, quase estável, mas registrou ganho semanal de 0,67%.
“Os ativos de refúgio se saíram solidamente bem nesta semana, com o mercado precificando um caminho mais longo para a recuperação”, avalia Joe Manimbo, do Western Union, em referência à busca dos investidores pela segurança do dólar.
Hoje, apesar de a Alemanha ter entrado oficialmente em recessão e de outros indicadores de atividade fracos na Europa, o euro subiu ante o dólar. A libra, no entanto, se enfraqueceu em meio a incertezas internas no Reino Unido e os impasses entre o governo britânico e a União Europeia sobre a implementação do Brexit. “Dúvidas crescentes sobre o Reino Unido e a UE chegarem a um acordo comercial nos próximos meses corroeram novamente a libra”, diz Manimbo.
O dólar até chegou a ficar volátil após retrações históricas nas vendas no varejo e na produção industrial dos EUA, mas encerrou em alta uma semana marcada por novas tensões entre Washington e Pequim e alertas do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, sobre a crise.
Ante divisas emergentes e ligadas a commodities, o dólar subia a 23,9776 pesos mexicanos, a 18,6156 rands sul-africanos e a 67,6888 pesos argentinos, no final da tarde em Nova York.
Na Argentina, o ministro da Economia, Martín Guzmán, afirmou nesta tarde que o país quer retomar a sustentabilidade da dívida externa e disse que o diálogo com os credores continua.