Depois de ter recuado 3,63% na semana passada, o dólar voltou a sofrer pressão de compra e fechou em alta de 1,68% nesta segunda-feira, 2, cotado a R$ 3,4952 no mercado à vista. O avanço foi atribuído principalmente ao leilão de contratos de swap cambial reverso promovido pelo Banco Central pela manhã, cujo efeito equivale à compra de dólares no mercado futuro. Profissionais também citaram algumas especulações em torno do cenário político, em especial sobre a possibilidade de um governo comandado por Michel Temer tentar evitar uma desvalorização maior da moeda americana.

Pela manhã, os mercados foram surpreendidos pela notícia da alteração do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 0,38% para 1,10% na compra de moeda estrangeira em espécie. As dúvidas quanto ao alcance do decreto publicado no Diário Oficial da União teriam ajudado a pressionar as cotações pela manhã, embora pontualmente. Com a medida, assinada pela presidente Dilma Rousseff e pelo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, a expectativa seria de arrecadar R$ 2,377 bilhões por ano. Ontem, Dilma anunciou aumento médio de 9% nos valores do Bolsa Família.

Conforme anunciado na sexta-feira, o Banco Central ofertou hoje 40 mil contratos de swap cambial reverso, em três vencimentos. A instituição vendeu o lote integral, apenas para o vencimento de 1º de agosto, totalizando US$ 2 bilhões. A moeda reagiu com alta e chegou à máxima de R$ 3,5085 (+2,07%).