Por Hannah Lang e Saikat Chatterjee

WASHINGTON/LONDRES (Reuters) – O dólar norte-americano disparou para a maior cotação em quase 20 anos contra um iene fraco nesta quarta-feira, com o aperto agressivo da política monetária pelo Federal Reserve contrastando fortemente com a política monetária ultrafrouxa do Banco do Japão.

O dólar subiu para 126,32 ienes, nível mais forte desde junho de 2002.

O índice do dólar contra uma cesta de moedas subiu para 100,52, pico desde maio de 2020. O índice ganha quase 3% neste mês e está a caminho de seu maior aumento mensal em nove meses.

O presidente do Banco do Japão, Haruhiko Kuroda, disse nesta quarta-feira que o recente aumento da inflação impulsionado pelos custos de importação pode prejudicar a economia, enfatizando a determinação do banco central de manter a política monetária ultrafrouxa.

A alta anual de 11,2% nos preços ao produtor dos EUA em março, maior aumento desde que os dados de 12 meses foram calculados pela primeira vez em novembro de 2010, reforçou expectativas do mercado de que o Fed aumentará as taxas de juros em 0,50 ponto percentual na reunião de política monetária do próximo mês.

Entre outras moedas, o euro chegou a cair para 1,0809 dólar, nível mais baixo em mais de um mês, antes de se recuperar. Investidores estão cautelosos antes de uma reunião de política monetária no Banco Central Europeu (BCE) na quinta-feira.

Às 12:27 (de Brasília), o índice do dólar –que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas– caía 0,19%, a 100,140. O euro tinha alta de 0,27%, a 1,0855 dólar, que ao mesmo tempo avançava 0,29%, a 125,71 ienes. A libra apreciava 0,38%, a 1,3046 dólar, que por sua vez ganhava 0,16%, a 0,9346 franco suíço. O dólar australiano, muitas vezes tido como uma “proxy” de demanda por risco, desvalorizava-se 0,54%, a 0,7419 dólar norte-americano. No universo das criptomoedas, o bitcoin subia 2,97%, a 41.286,51 dólares. O ether avançava 2,33%, a 3.100,46 dólares.

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