O mercado de câmbio teve um dia relativamente tranquilo nesta segunda-feira, 25, com oscilações contidas. O principal fator do dia foi a ausência dos leilões de swap reverso do Banco Central, equivalentes à compra de dólares no mercado futuro. Sem a pressão compradora do BC, o dólar à vista fechou em queda de 0,51%, aos R$ 3,5487. No mercado futuro, a moeda para maio, que encerra às 18 horas, cedia 0,74% no fim da tarde, aos R$ 3,5550.

No início da sessão, o viés negativo para o dólar era justificado por esta ausência do BC nos negócios e pelo exterior. Lá fora, o dólar cedia ante várias divisas de exportadores de commodities. A moeda americana chegou à registrar leve ganho (+0,07%, aos R$ 3,5693) às 9h21 no Brasil, mas apenas pontualmente. No restante do tempo, se manteve no território negativo – inclusive quando, mais tarde, o dólar passou a subir no exterior.

A cotação mínima do dia no Brasil, de R$ 3,5406 (-0,74%), foi vista às 14h31, quando o dólar já registrava ganhos ante várias divisas no exterior. No entanto, a oscilação entre a máxima e esta mínima, de apenas -0,80%, mostra o quanto a volatilidade foi menor hoje. À tarde, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulgou os dados mais recentes da balança comercial brasileira. O País teve superávit de US$ 1,035 bilhão na quarta semana de abril, resultado de exportações de US$ 3,241 bilhões e importações de US$ 2,206 bilhões.

No relatório Focus, a mediana projetada para a balança comercial em 2016 está em +US$ 48,00 bilhões, acima dos +US$ 45,51 bilhões da semana anterior. Para 2017, seguiu em +US$ 50,00 bilhões. O câmbio projetado para o fim deste ano é de R$ 3,80 e, para o fim de 2017, de R$ 4,00.

A expectativa nos mercados, agora, concentra-se na votação dos indicados para a Comissão Especial que analisará o processo de impeachment no Senado. O colegiado elegerá 42 integrantes da comissão, 21 titulares e 21 suplentes. A sessão parlamentar ocorre neste final de tarde.