08/05/2020 - 19:13
O euro comercial fechou a R$ 6,218, com recuo de 1,62%. A libra comercial encerrou o dia vendida a R$ 7,117, com queda de 1,37%.
O dólar operou em queda durante toda a sessão. No início da manhã, a cotação estava próxima da estabilidade, mas a queda intensificou-se a partir das 10h30, quando a moeda passou a ser vendida abaixo de R$ 5,80. A divisa acumula alta de 43,04% em 2020.
O Banco Central (BC) hoje não interveio no mercado. A autoridade monetária não leiloou contratos novos de swap cambial – que equivalem à venda de dólares no mercado futuro – nem rolou (renovou) contratos antigos que vencerão em junho.
Nos últimos dias, os investidores repercutiram a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que reduziu a Selic (taxa básica de juros) para 3% ao ano. Além de reduzir a taxa além do estimado, o BC indicou que pretende promover um novo corte de até 0,75 ponto percentual em junho, o que poderia levar a Selic para 2,25% ao ano.
Juros mais baixos tornam menos atrativos os investimentos em países emergentes, como o Brasil, estimulando a retirada de capitais estrangeiros. As tensões políticas internas também se refletiram nas negociações.
No entanto, o clima favorável nos mercados internacionais aliviou a pressão sobre o câmbio hoje. O dólar caiu perante quase todas as moedas do mundo, num dia de alívio no exterior. Apesar de a taxa de desemprego nos Estados Unidos ter saltado de 4,4% em março para 14,7% em abril, o indicador veio melhor que as expectativas das instituições financeiras, que estimavam que a taxa passaria para 16%.
Ações
No mercado de ações, o dia foi marcado pela recuperação. O índice Ibovespa, da B3 (bolsa de valores brasileira), fechou esta sexta-feira aos 80.263 pontos, com alta de 2,75%, depois de dois dias seguidos de baixa. Apesar de ter oscilado bastante nos últimos dias, o indicador terminou a semana com recuo de apenas 0,3%.
O Ibovespa beneficiou-se do clima mais tranquilo no mercado externo. O índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, encerrou o dia com ganho de 1,91%.
Há várias semanas, mercados financeiros em todo o planeta atravessam um período de nervosismo por causa da recessão global provocada pelo agravamento da pandemia do novo coronavírus. No entanto, a perspectiva de que diversos estados norte-americanos amenizem as medidas de distanciamento social e o relaxamento das restrições em diversos países europeus têm reanimado os agentes econômicos.
As interrupções na atividade econômica associadas à restrição de atividades sociais travam a produção e o consumo, provocando instabilidades. No entanto, o relaxamento de restrições em vários países da Europa e regiões dos Estados Unidos, após a superação do pico da pandemia, tem amenizado o impacto sobre os mercados globais.