Num dia de alívio externo e de expectativa com a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o dólar caiu para R$ 5,16 após ter superado R$ 5,20 na sexta-feira (30). A bolsa de valores chegou a subir mais de 2% durante a manhã, mas desacelerou no fim do dia, influenciada pelo mercado norte-americano.

O dólar comercial encerrou esta segunda-feira (2) vendido a R$ 5,165, com recuo de R$ 0,045 (-0,86%). A cotação chegou a cair para R$ 5,11 na mínima do dia, por volta das 13h45, mas reduziu o ritmo de queda após o enfraquecimento do otimismo no mercado internacional.

Com o desempenho de hoje, o dólar volta a registrar queda em 2021. No acumulado de 2021, a moeda norte-americana acumula baixa de 0,46%.

No mercado de ações, o otimismo também prevaleceu. Após a sexta-feira turbulenta, em que caiu 3,08%, o índice Ibovespa, da B3, fechou aos 122.515 pontos, com alta de 0,59%. Por volta das 11h30, o indicador subia 2,21%, influenciado pela divulgação de lucros de bancos, mas a queda do preço internacional do petróleo e o recuo das bolsas norte-americanas influenciaram as negociações perto do fim da sessão.

No cenário externo, o mercado financeiro teve um dia de tranquilidade após o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) reafirmar que não pretende retirar os estímulos concedidos durante a pandemia de covid-19 (juros baixos e programa de compra de títulos) tão cedo. Na sexta-feira, a divulgação de que a inflação e o consumo nos Estados Unidos subiram mais que o previsto criou instabilidade nos mercados de todo o planeta.

A manutenção de juros baixos em economias avançadas estimula a entrada de capitais em países emergentes, como o Brasil, onde os juros são mais altos. No mercado doméstico, os investidores estão sob a expectativa da reunião do Copom. Segundo o boletim Focus, pesquisa de mercado divulgada toda semana pelo Banco Central, os analistas agora acreditam que a taxa Selic (juros básicos da economia) será elevada em 1 ponto percentual nesta semana, em vez dos 0,75 ponto das últimas reuniões.

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No fim do dia, as preocupações com uma desaceleração econômica nos Estados Unidos provocada pela variante delta do novo coronavírus reduziram o otimismo no mercado externo. A cotação internacional do petróleo caiu mais de 3% hoje, com a perspectiva de que um eventual atraso na recuperação econômica decorrente da alta nos casos de covid-19 afete a demanda por combustíveis.

* Com informações da Reuters


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