O dólar subiu ante outras dividas fortes, como a libra, mas recuou ante outras nesta segunda-feira, 23, após o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) anunciar novas medidas para aumentar a liquidez do sistema financeiro em meio à pandemia de coronavírus.

No fim da tarde em Nova York, o dólar registrava leve queda a 111,17 ienes, o euro avançava a US$ 1,0744 e a libra cedia a US$ 1,1505. O índice DXY, que mede a variação do dólar ante uma cesta de seis rivais fortes, fechou em baixa de 0,32%, aos 102,487 pontos.

O dólar tem se beneficiado da busca por segurança e liquidez gerada pelos impactos econômicos da pandemia de coronavírus, mas hoje a ação do Fed levou o índice DXY a cair. A autoridade monetária americana informou que ampliará seu programa relaxamento quantitativo (QE, na sigla em inglês), ao comprar ativos sem estabelecer limites, iniciará a aquisição de títulos comerciais lastreados em hipotecas emitidos por entidades com apoio do governo, entre outras medidas.

Para o analista sênior de mercado Joe Manimbo, do Western Union, as medidas do Fed têm potencial para “conter a apreciação do dólar” e a moeda americana “caiu, em reação brusca”. Na semana passada, o Fed já havia estabelecido linhas de swap cambial com outros bancos centrais.

Chefe de estratégia de câmbio do BK Asset Management, Kathy Lien ressalta, porém, que a queda do dólar foi limitada, já que a divisa americana subiu em relação à libra.

Ante moedas emergentes e ligadas a commodities, o dólar subia a 25,1541 pesos mexicanos e a 17,8214 rands sul-africanos, mas recuava a 63,7261 pesos argentinos, no fim da tarde em Nova York.