O dólar avançou levemente ante rivais nesta quarta-feira, com a divulgação da ata da mais recente reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), divulgada nesta quarta, no radar dos investidores, que também estão de olho nas tensões globais envolvendo os Estados Unidos e a China.

Perto do horário do fechamento das bolsas de Nova York, o dólar subia a 108,59 ienes, muito próximo a estabilidade, enquanto o euro caía a US$ 1,1072 e a libra recuava a US$ 1,2918. O índice DXY, que mede a variação do dólar ante uma cesta de seis rivais fortes, subiu 0,08%, a 97,934 pontos.

“O dólar subiu contra todas as principais moedas, com base na ata menos ‘dovish’ do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), destacou Kathy Lien, diretora de estratégias cambiais do BK Asset Management. O Fed divulgou a ata da mais recente reunião de política monetária da instituição, que aconteceu entre 29 e 30 de outubro.

O documento apontou que a maioria dos dirigentes vê a política monetária americana como “bem calibrada”. Considerando que relaxamentos monetários tendem a depreciar o câmbio, a sinalização de que não deve haver novos cortes de juros nos Estados Unidos, ao menos no curto prazo, deu força ao dólar nesta quarta-feira.

Além disso, seguem no radar de investidores tensões envolvendo americanos e chineses, afastando investidores de tomar posições de risco representadas pelas moedas emergentes. “A aversão ao risco global deixou o dólar em alta”, aponta Joe Manimbo, do Western Union. Ainda assim, a cautela não foi suficiente para intensificar a busca por ienes e por francos suíços, consideradas moedas ainda mais seguras que o dólar.

Os desentendimentos entre EUA e China ganharam um novo capítulo, para além da seara comercial, após o Senado americano aprovar projeto de lei em apoio aos manifestantes de Hong Kong, que protestam contra a ingerência de Pequim no território. O governo chinês respondeu com críticas ao posicionamento do legislativo dos EUA.