O dólar registrou ganhos ante outras moedas principais, corrigindo as perdas da sessão anterior. Em uma sessão de recuperação e menos pessimismo, a divisa americana ganhou mais fôlego à tarde, em meio a sinalizações de autoridades nos Estados Unidos e na União Europeia de estímulos à economia para se contrapor ao surto de coronavírus.

No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 105,46 ienes, o euro recuava a US$ 1,1298 e a libra tinha baixa a US$ 1,2907. O índice DXY, que mede o dólar ante outras moedas principais, avançou 1,60%, a 96,414 pontos.

O secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, afirmou que há um esforço bipartidário no Congresso por estímulos à economia americana, pressionada pelo surto da doença e seus impactos globais. A União Europeia, por sua vez, busca liberar 7,5 bilhões de euros em liquidez ao mercado, para atenuar esse impacto, segundo anúncio da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

Em meio às notícias de estímulo dessa tarde, o dólar ganhou mais força. O índice DXY chegou a perder fôlego apenas pela manhã, em meio a dúvidas sobre os planos do governo na economia frente ao coronavírus, mas o impulso prevaleceu nas horas finais do pregão acionário americano.

A Western Union comenta em relatório que o dólar reduziu as perdas desta semana, enquanto o euro reduzia seus ganhos à espera da reunião do Banco Central Europeu (BCE), na quinta-feira. Segundo relatos da imprensa, o premiê italiano, Giuseppe Conte, pediu que o BCE adote medidas para defender a economia da zona do euro. A presidente do BCE, Christine Lagarde, participou de videoconferência de líderes da UE sobre respostas ao coronavírus.

Ante moedas de países emergentes e ligados a commodities, o dólar avançou a 20,8727 pesos argentinos, após nesta semana o Banco Central do México (Banxico) ampliar leilões cambiais. O peso mexicano bateu mínimas históricas na segunda-feira, o que levou analistas a afirmarem que aumentou a chance de que o Banxico não corte os juros neste mês.