O dólar avançou ante outras moedas principais nesta segunda-feira, 18, à medida que os investidores esperam pela decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americanO), a ser revelada na próxima quarta-feira.
No fim da tarde em Nova York, o dólar subia a 111,48 ienes e o euro avançava levemente a US$ 1,1951. Já a libra caía a US$ 1,3492.
Enquanto poucos investidores esperam que o Fed eleve as taxas de juros em sua reunião desta semana, o mercado estará atento a detalhes sobre como o banco central irá encolher sua carteira de ativos de US$ 4,5 trilhões nos próximos meses, após compras de títulos feitas na esteira da crise financeira de 2008.
Quaisquer comentários sobre a saúde da economia americana também estarão no radar dos investidores, com uma confiança contínua nas expectativas dos dirigentes quanto à recuperação do crescimento e à alta da inflação, disseram analistas da Commonwealth Foreign Exchange, em nota a clientes. Na semana passada, dados acima do previsto dos preços ao consumidor reforçaram as expectativas de que o Fed irá elevar os juros pela terceira vez antes do fim do ano.
Compilados pelo CME Group, os futuros dos Fed funds, utilizados pelos integrantes do mercado para apostar na perspectiva da política monetária do banco central dos EUA, mostraram uma chance de 57% de o Fed elevar os juros em dezembro. Na semana passada, a possibilidade de alta era de 41%. Juros mais altos tendem a apoiar o dólar, uma vez que o aumento dos custos de empréstimo torna a moeda mais atraente para investidores que buscam rendimento.
Em relação ao dólar canadense, a moeda americana avançava a US$ 1,2300 no fim da tarde, depois que o vice-presidente do Banco do Canadá (BoC, na sigla em inglês), Timothy Lane, disse que a autoridade monetária “estará prestando atenção na forma como a economia responde a taxas de juros mais elevadas e ao dólar canadense mais forte”. Lane também afirmou que o sentimento protecionista em partes do mundo era preocupante, acrescentando que “a possibilidade de uma mudança protecionista material é uma fonte chave de incerteza para a perspectiva econômica do Canadá”.
A libra esterlina, por sua vez, foi pressionada por comentários do presidente do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), Mark Carney, em evento do Fundo Monetário Internacional (FMI). Em discurso, o dirigente reiterou que a saída do Reino Unido da União Europeia (Brexit) poderia acarretar em uma inflação maior e pesar sobre investimentos e produtividade.
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