Dados positivos da economia americana fizeram com que o dólar apresentasse leve alta ante outras moedas fortes nesta sexta-feira, 30, após a moeda ter recuado durante a semana com comentários ‘hawkish’ do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, e do presidente do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), Mark Carney.

No fim da tarde em Nova York, o dólar subia para 112,03 e o euro recuava a US$ 1,1418. Já a libra avançava a US$ 1,3022, também influenciada pelo fortalecimento do governo de Theresa May, após vitórias importantes no Parlamento britânico.

O índice de sentimento do consumidor, medido pela Universidade de Michigan, recuou a 95,1 em junho, mas, apesar da queda, ficou acima da expectativa dos analistas, que esperavam baixa maior, a 94,4. Já o índice de atividade industrial do ISM de Chicago subiu para 65,7 em junho, ante previsão menor, de 58,0.

O dólar foi deixado de lado nesta semana, após os presidentes do BCE e do BoE insinuarem que estão se aproximando do período de retirar seus programas de estímulo. Isso incentivou os investidores a comprarem o euro e a libra. Nos últimos anos, a moeda americana vem se beneficiando de taxas de juros mais altas nos EUA na comparação com outras economias desenvolvidas – o que incentivou os investidores que buscam maiores rendimentos a comprar ativos americanos.

“O período de política monetária divergente entre o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) e outros grandes bancos centrais em todo o mundo pode estar próximo de seu final”, disse Omer Esiner, analista chefe de mercados da Foreign Exchange. “Esse cenário poderia remover uma fonte chave de apoio para o dólar à frente”, comentou.