O dólar operou em alta ante outras moedas principais ao longo desta terça-feira, 16, ampliando ganhos após a divulgação do indicador de vendas no varejo dos Estados Unidos, que superou expectativas do mercado.

Próximo ao horário de fechamento das bolsas de Nova York, o dólar subia para 108,29 ienes, enquanto o euro recuava a US$ 1,1214 e a libra caía para US$ 1,2410. O índice DXY, que mede a força da moeda americana contra uma cesta de outras seis divisas principais, fechou em alta de 0,47%, a 97,395 pontos.

Hoje, o Departamento de Comércio dos EUA divulgou que as vendas no varejo do país apresentaram alta de 0,4%, na passagem de maio para junho, no dado com ajustes sazonais, o que valorizou a divisa americana. O aumento das vendas superou a projeção de analistas consultados pelo Wall Street Journal, que projetavam avanço de apenas 0,1% em junho na mesma base comparativa. É o quarto mês consecutivo de aumento nas vendas no varejo.

Na Europa, o euro se depreciou em relação ao dólar após o instituto ZEW apontar que, em julho, as expectativas econômicas quanto as condições atuais na Alemanha perderam mais fôlego do que o projetado pelo mercado.

Já a libra esterlina renovou mínimas em relação ao dólar e atingiu o menor nível desde abril de 2017, em meio à incerteza política no Reino Unido. Investidores seguem especulando sobre a possibilidade de uma saída dos britânicos da União Europeia sem acordo.

“Os britânicos podem agradecer ao membro do Parlamento do Reino Unido e favorito à cadeira de primeiro-ministro Boris Johnson e ao chanceler Jeremy Hunt por isso”, diz um relatório da Western Union enviado a clientes. “Agora vemos os preços dos mercados com uma probabilidade maior de um Brexit sem transação”.

Em dia de divulgação da inflação da Argentina, que subiu 2,7% em junho com relação a maio, segundo dados publicados pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec) nesta terça-feira, a moeda local perdeu força e o dólar avançou a 42,7082 pesos argentinos.