Numa sessão de liquidez reduzida, em função do feriado desta quinta-feira, 21, no Brasil, o dólar subiu nesta sexta-feira, 22, ante o real. O movimento foi resultado de ajustes de posições em relação ao exterior e da operação com swaps cambiais reversos do Banco Central – equivalente à compra de dólares no mercado futuro. O dólar à vista terminou em alta de 1,02%, aos R$ 3,5669. Já a divisa para maio, que encerra apenas às 18 horas, subia há pouco 1,06%, aos R$ 3,5765.

O viés para a moeda americana ante o real era claramente positivo desde o início do dia. Isso porque ontem, quando o mercado não funcionou no Brasil (feriado de Tiradentes), o dólar subiu ante várias divisas no exterior, como o dólar australiano, o dólar canadense, o peso chileno e o peso mexicano. Assim, era preciso ajustar as cotações hoje ante o real. Além disso, hoje também foi um dia de novo avanço do dólar no exterior.

Além destes fatores, influenciou o dólar o fato de o Banco Central ter vendido, logo no início da sessão, 20 mil contratos de swap cambial reverso. Na prática, US$ 992,2 milhões foram retirados do sistema.

Durante a tarde, já com a ptax do dia definida (R$ 3,5829), a liquidez secou. Profissionais ouvidos pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, disseram que muitos agentes fizeram negócios pela manhã e, à tarde, nem estavam mais nas mesas. O giro financeiro do mercado à vista somava há pouco apenas US$ 643,9 milhões (US$ 640,1 milhões em D+2), conforme a clearing de câmbio da BM&FBovespa. No mercado futuro, o dólar para maio havia movimentado US$ 9 bilhões até agora – menos que o normal.

No campo econômico, o Banco Central divulgou hoje seu Índice de Atividade (IBC-Br) de fevereiro: -0,29% ante janeiro, com ajuste; -4,54% ante fevereiro de 2015, sem ajuste. Já o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego indicou o fechamento líquido de 18.776 pontos de trabalho em março. Estes números não influenciaram de forma decisiva as cotações do dólar.