O dólar renovou mínima ante o real, em meio à queda predominante ante outras moedas de países emergentes exportadores de commodities no exterior. Na mínima, a moeda americana registrou R$ 3,8633 (-0,53%) no mercado à vista, enquanto o dólar julho caiu à mínima de R$ 3,8860 (-0,14%).
O operador da mesa de derivativos da CM Capital Markets Thiago Silêncio diz que o mercado local acompanha a queda do dólar frente divisas emergentes em meio à alta das commodities e das bolsas internacionais.
O bom humor no exterior vem após novos estímulos à economia chinesa, anunciados hoje, na esteira do acordo imigratório fechado entre Estados Unidos e México, destaca o profissional.
Ainda assim, ele diz que persiste um pano de fundo de cautela, que limita o ajuste para baixo do dólar. “O mercado opera sob ruídos políticos, agora envolvendo vazamentos de ligações entre o ministro da Justiça, Sergio Moro, e o procurador da Lava Jato, Deltan Dallagnol”, diz. “Rola ai um pano de fundo de cautela com a agenda do congresso, porque embora esses ruídos envolvendo Moro ainda não tragam pessimismo, há percepção de que podem ter impacto de atrasar um pouco mais a agenda do governo como um todo no Congresso, além da pautas das reformas”, observa.
Além disso, o operador chama atenção para a greve geral marcada para sexta-feira, dia 14. No cenário atual, a oposição deve focar a pressão contra moro e a reforma da Previdência, avalia.