O dólar renovou mínima a R$ 5,6520 (-1,63%) no mercado à vista, reagindo ao salto do PMI industrial do Brasil em outubro e acompanhando a ampliação da baixa da moeda norte-americana ante pares principais e divisas emergentes e ligadas a commodities no exterior, observa o diretor José Raymundo Faria Júnior, da Wagner Investimentos.
O recuo global reflete a perspectiva de injeção de novos estímulos fiscais nos Estados Unidos, independentemente de que vencer a eleição presidencial, afirma. Mas Faria Júnior comenta que se Biden ganhar, conforme aposta majoritária dos investidores, o volume do pacote fiscal esperado pode ser maior e o mercado está precificando essa possibilidade.
Para ele, ajuda na queda do dólar também a alta a 66,7 do PMI industrial do Brasil em outubro, que é o maior crescimento mensal desde 2006. Esse dado sugere que a produção industrial – que será divulgada deve ter continuado a subir em setembro, o que será conhecido amanhã, comenta.
Contudo, em sua percepção, o que limita a queda ante o real é a falta de andamento da agenda do Congresso, o que mina a confiança dos investidores. “A ata do Copom fica em segundo plano no câmbio, porque dólar esta caindo la fora”, afirma. Porém, ele avalia que a ata enfatiza que há espaço para corte residual, mostra que BC não tem pressa para elevar juros, o que não bom para o mercado de câmbio.