Dólar amplia queda a R$ 5,0544 com payroll fraco e entrada de fluxo cambial

O dólar ampliou a queda e registrou mínima a R$ 5,0544 há pouco, em meio ao apetite por risco no exterior, que impulsiona as bolsas em Nova York e o petróleo, enquanto os juros dos Treasuries e o dólar se enfraquecem após o payroll (dado de emprego) dos Estados unidos abaixo do esperado, afirma o operador de câmbio Hideaki Iha, da corretora Fair.

Pelo segundo mês seguido, em maio, o setor privado americano trouxe forte alta nas contratações, mas o relatório oficial de empregos, o payroll, volta a decepcionar, vindo abaixo do esperado e diminuindo a preocupação com a inflação americana e a retirada de estímulos pelo Federal Reserve no curto prazo, avalia o profissional.

Internamente, Iha identifica entrada de fluxo de exportação e há sinais de ingressos de estrangeiros também, além de um movimento de investidores reduzindo posições compradas em dólar diante de anúncios de novas captações corporativas.

Podem estar entrando recursos de captações da CNS (US$ 850 mi) e da Petrorio (US$ 600 milhões), ele diz. No caso da captação de US$ 1,5 bi da Petrobras, fechada quarta-feira, os recursos captados não devem ser internalizados porque serão usados para recomprar até US$ 2,5 bilhões em bonds com vencimentos em 2024 a 2050. “O fluxo de entrada pesa muito na precificação do dólar”, observa.