Em meio à expectativa pelas decisões de política monetária no Brasil e nos EUA e com os investidores atentos ao cenário político, o dólar à vista alternou sinais e terminou o dia estável, cotado a R$ 3,5247.

A reunião do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) não trouxe surpresas quanto à manutenção dos juros básicos da economia americana. O BC dos EUA retirou do comunicado a palavra “riscos” no que diz respeito às economias globais, num indicativo de que está disposto a voltar a elevar os juros. No entanto, disse “não ter pressa” para promover o aperto monetário. A leitura dos mercados, nesse caso, foi de que uma alta de juros nos EUA provavelmente ficaria para o segundo semestre.

Apesar das sinalizações mistas, dólar inverteu a alta com que vinha operando e passou a cair, antes de terminar o dia no mesmo patamar do fechamento anterior. Na máxima do dia, registrada no início da tarde, a moeda americana chegou a ser negociada por R$ 3,5558 (+0,89%). Segundo operadores, a alta naquele momento foi determinada pelo fluxo cambial negativo, com uma remessa de recursos ao exterior.

A alta do petróleo melhorou o apetite por risco no mercado internacional e deu novo impulso aos ativos de países emergentes e exportadores de commodities, favorecendo a queda do dólar frente às divisas desses países.

O Banco Central não promoveu leilões de contratos de swap cambial, deixando de exercer pressão de compra sobre as cotações.