O mercado de câmbio foi bastante influenciado pelo exterior nesta quinta-feira, 5. O dólar alternou altas e baixas e terminou o dia cotado a R$ 3,5405 no mercado à vista, em baixa de 0,11%.

O mercado iniciou o dia com a notícia de que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki tinha afastado o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, do mandato de deputado federal. Em um primeiro momento, o fato foi considerado positivo para o vice-presidente Michel Temer. Isso porque, como a imagem de Cunha está desgastada, seu afastamento daria mais credibilidade à chegada de Temer ao poder. Por outro lado, o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, confirmou a intenção de, baseado na decisão de Teori, pedir a anulação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff – conduzido por Cunha.

Com isso, o dólar acompanhou essencialmente o mercado internacional, onde a divisa operou em baixa frente a várias moedas. Nos momentos em que o petróleo registrou ganhos firmes, a moeda americana se reaproximou dos R$ 3,50 e, quando a commodity reduziu o ímpeto, a cotação se afastou deste patamar.

Em alguns momentos, importadores aproveitaram os preços mais baixos para comprar moeda, o que deu algum suporte às cotações. No fim da manhã, o dólar chegou a virar para o positivo, na esteira da perda de fôlego do petróleo no exterior.

O Banco Central não promoveu leilões de swap cambial reverso, que geram pressão de alta sobre as cotações. No mercado futuro, o dólar para liquidação em junho fechou em baixa de 0,24%, cotado a R$ 3,566.