O dólar renovou máximas ante o real na manhã desta segunda-feira, 27, aos R$ 4,2189 (+0,82%) no mercado à vista em meio a perdas fortes do Ibovespa e dos mercados acionários em Nova York e na Europa. No mercado futuro, o dólar para fevereiro teve máxima aos R$ 4,2210 (+0,88%). O diretor da Wagner investimentos, José Faria Júnior, diz que o dólar opera acima de R$ 4,21 e com capacidade de acelerar caso as bolsas aprofundem as quedas.

“O próximo objetivo do dólar é em R$ 4,27”, estima ele. Assim, a sugestão para os exportadores é aguardar um pouco para vender, diz Faria Júnior.

Ele prevê que o mercado tende a ficar mais volátil entre esta quarta-feira e a próxima sexta-feira em meio à forte agenda de eventos, que inclui decisão de juros do Fed, PIB preliminar dos EUA do 4º trimestre e consolidado de 2019, e inflação pelo PCE nos EUA, além da definição da taxa Ptax de fim de janeiro.

O diretor-superintendente da Correparti, Jefferson Rugik, diz que o mercado busca proteção no dólar e a tendência é de alta para a semana em meio à aversão ao risco ao redor do globo com um forte receio de alastramento do coronavírus.

Rugik diz que, apesar da pressão de alta, não há disfuncionalidade no mercado.

Às 10h25, a taxa do dólar casado estava em 1,60 ponto, com queda de 0,40 ponto, ante o fechamento de sexta-feira.