O dólar à vista segue pressionado por realização parcial de ganhos, mas reduziu as perdas intradia diante da alta leve há pouco da moeda americana em relação a pares emergentes do real, como os pesos mexicano, chileno, argentino e colombiano, observa o operador Hideaki Iha, da corretora Fair.

Ele atribui o enfraquecimento ante o real a um movimento de devolução parcial dos fortes ganhos da moeda americana na semana passada. Porém, afirma que o cenário não é confiável porque persistem incertezas sobre os estímulos à economia nos EUA e o déficit fiscal brasileiro, além do aumento das tensões sino-americanas. “Devolve parte da valorização elevada da semana passada, no aguardo de notícias sobre as negociações no Congresso americano em torno do pacote trilionário de ajuda, após as medidas anunciadas pelo presidente Donald Trump, consideradas insuficientes para socorrer os desempregados e ajudar o país a sair da recessão econômica”, comenta.

Contudo, ele afirma que “decreto não é claro como um pacote negociado no Congresso do ponto de vista dos investidores”.

Para Iha, seguem no radar também o problema fiscal brasileiro e os riscos ao teto de gastos do governo Bolsonaro, além de um eventual novo corte residual da Selic em setembro.

Por isso, o operador da Fair não descarta mudança de sinal frente o real, se persistir o leve ajuste de alta ante os pares emergentes do real.

Às 11h32, o dólar à vista caía 0,52%, a R$ 5,3864. O dólar futuro para setembro recuava 0,96%, a R$ 5,3920.