Uma nova onda de preocupações com o ritmo da economia global, em especial a chinesa, voltou a aumentar a aversão ao risco, com os investidores estrangeiros dando preferência a ativos considerados seguros. O mercado brasileiro de câmbio foi afetado pela aversão a risco nesta terça-feira, 3,, embora outros fatores também tenham contribuído para a alta de 2% do dólar, que fechou cotado a R$ 3,5650 no mercado à vista.

O avanço da moeda americana no exterior, em meio às preocupações com a economia global, e o leilão de swap cambial reverso feito pelo Banco Central foram dois dos principais motivos para o movimento. Mas profissionais citaram ainda a possibilidade de novas medidas de tributação serem adotadas na área de câmbio, seja no governo Dilma Rousseff, seja na administração Michel Temer.

O dólar já abriu o dia em alta superior a 1%, sob influência do exterior e com investidores à espera da operação com swaps reversos do BC. Lá fora, as divisas de emergentes e exportadores de commodities eram penalizados pela China. No Brasil, o BC acabou vendendo 9.800 dos 20.000 contratos de swap cambial reverso. A operação, cujo efeito é equivalente à compra de dólares no mercado futuro, representou a retirada de US$ 490 milhões do sistema.