Dois soldados americanos foram mortos e dois ficaram feridos neste sábado por um soldado afegão na província de Nangarhar, um reduto dos extremistas do grupo Estado Islâmico (EI), informou uma autoridade local.

O ataque foi reivindicado pelo Talibã, que o atribuiu a um combatente infiltrado.

Um porta-voz do Talibã, Zabihullah Mujahid, assegurou no Twitter que quatro soldados americanos foram mortos. Mas os insurgentes afegãos costumam aumentar consideravelmente o resultado de seus atos.

“Hoje, por volta de meio-dia, um soldado afegão abriu fogo contra soldados americanos no distrito de Achin, matando dois. O militar foi morto em resposta”, declarou à AFP o porta-voz da província, Attaullah Khogyani.

As forças da Otan em Cabul não quiseram comentar o evento.

“Estamos cientes de um incidente no leste do Afeganistão. Vamos fornecer mais informações no momento apropriado”, declarou a coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos em um breve comunicado.

Ataques cometidos por soldados ou policiais afegãos contra militares da coalizão internacional são um problema recorrente e de grande importância para a Otan.

As autoridades ocidentais acreditam que esses incidentes estão ligados a problemas pessoais ou mal-entendidos de ordem cultural, em vez de iniciativas de elementos insurgentes.

O número de ataques do tipo diminuiu nos últimos anos, mas alimentam um sentimento de forte desconfiança entre as tropas da coalizão e os soldados afegãos.

A Otan adotou medidas especiais de segurança para tentar repelir esses ataques.

Três soldados americanos ficaram feridos em março, quando um soldado afegão abriu fogo contra eles na província de Helmand, no sul. Foi o primeiro ataque conhecido deste tipo no ano.

Mas as forças afegãs também são afetadas por tais ataques dentro de suas próprias fileiras.

O número de soldados americanos no Afeganistão é atualmente de cerca de 8.400, além dos cerca de 5.000 soldados dos aliados da Otan.