Três palestinos morreram neste domingo (27) pelos disparos de um tanque israelense contra um posto de observação do movimento radical Jihad Islâmica no sul da Faixa de Gaza – anunciou o Ministério da Saúde do enclave palestino.
As vítimas são Husein Al Amur, de 25, Abdul Haleem Al Naqa, de 28, e Marwan Al Amur, segundo a mesma fonte.
O incidente aconteceu perto de Rafah, uma localidade situada no sul da Faixa de Gaza.
Segundo um comunicado do braço armado do movimento radical Jihad Islâmica, as Brigadas Al-Quds, os dois primeiros eram membros do movimento. Não se sabe se o terceiro, que não resistiu aos ferimentos, também era.
A Jihad Islâmica é o segundo grupo mais importante na Faixa de Gaza, atrás do Hamas, que controla o enclave.
Em um comunicado, fontes militares israelenses disseram que o tanque abriu fogo depois que seus soldados detonaram um artefato explosivo que havia sido colocado perto do muro na fronteira entre Gaza e Israel.
No sábado à noite, a aviação israelense bombardeou dois alvos do Hamas – o movimento islamista que controla o enclave — na Faixa de Gaza. Ainda não há informações sobre danos, ou vítimas.
A operação respondia a uma breve incursão no sábado, da fronteira com Gaza, de um grupo de manifestantes palestinos que retornaram, imediatamente, para território palestino, relataram fontes militares israelenses.
O ataque israelense também foi em represália às repetidas tentativas palestinas de danificar o muro de segurança e a “infraestrutura de segurança” fronteiriça, segundo essas fontes.
Os soldados israelenses mataram pelo menos 119 palestinos na Faixa de Gaza desde o início dos protestos palestinos, em 30 de março, de acordo com números do Ministério da Saúde do território.