Dois militares americanos desapareceram enquanto conduziam uma ação de intervenção em um barco que estava transportando ogivas e mísseis aos rebeldes iemenitas Houthi pela costa da Somália, durante a quinta-feira, 11. Ambos pertenciam aos Navy Seals, uma tropa de elite do exército estadunidense que realiza operações especiais como a que matou o terrorista Bin Laden, em 2011. As informações são da ABC News e do The Guardian.

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Os agentes desapareceram durante a noite e teriam caído no mar do Golfo de Aden, região do Oceano Índico que banha a costa da Somália, do Iêmen e do Djibouti, fazendo uma conexão com o Mar Vermelho. A região passou a ser constantemente patrulhada por navios militares americanos após ataques do grupo rebelde Houthi à embarcações no local.

A marinha americana relatou que teria avistado um dhow, embarcação árabe tradicional da região, que estava sem identificação e era suspeito de praticar contrabando. Os militares teriam deixado o navio USS Lewis B Puller, uma base marítima expedicionária que comporta helipontos e pequenas plataformas de pouso, em um pequeno barco utilizado para se aproximar do meio de transporte.

Enquanto realizavam a abordagem do dhow, o mar agitado e ondas fortes teriam derrubado um dos agentes na água, e o outro pulou no oceano em uma tentativa de resgatar o homem que havia caído. Após a fatalidade, a operação continuou e 14 marinheiros a bordo da embarcação suspeita foram colocados sob custódia, com futuro indeterminado pelas forças de segurança estadunidenses.

No dhow, foram encontrados mísseis e ogivas de origem iraniana, que seriam encaminhados para o grupo rebelde Houthi. A embarcação que levava as armas foi naufragada, em um procedimento de rotina da marinha americana em que buracos são abertos no casco. As buscas pelos desaparecidos continuam e estão sendo empregados helicópteros e drones nas buscas, de acordo com as autoridades americanas.