Dois brasileiros, suspeitos de liderar uma organização criminosa dedicada à extração de ouro em um rio da Colômbia, se encontram entre as dez pessoas detidas em uma operação contra a mineração ilegal, informou nesta terça-feira a polícia.

“A Polícia Nacional captura 10 pessoas suspeitas de financiar e administrar 40 dragas utilizadas para mineração ilegal sobre o rio Quito em Chocó (noroeste). Os cabeças da estrutura, dois cidadãos brasileiros, caíram na operação”, informou o órgão em comunicado.

Os brasileiros detidos foram identificados como José Antonio Calvacante, acusado de ser “o cabeça máximo” da organização criminosa denominada “Los Dragones”, e José Aroudo Sousa, que segundo a polícia era “especialista no uso de mercúrio para o amalgamento do ouro”.

As autoridades detalharam que Calvacante “chegou ao país em 2005, e desde este ano, se dedicou a extrair ouro”. Afirmaram ainda que ele já havia sido detido em 2014 por contaminar o rio Quito, mas foi posto em liberdade.

Calvacante e Sousa, assim como os outros oito detidos, serão processados “pelos delitos de organização criminosa, contaminação ambiental, dano ambiental, receptação e violação de fronteiras para exploração de recursos naturais”.

Segundo a polícia, “Los Dragones” entregavam “um percentual dos lucros” pela extração e venda ilegal de ouro ao principal grupo criminoso do país, o “Clan Úsuga” ou “Clan El Golfo”, além da guerrilha Exército de Libertação Nacional (ELN, guevarista), “que ofereciam proteção armada”.

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