Dois dos três ativistas que acusaram o governo de Nicolás Maduro de ligações com grupos irregulares colombianos na Venezuela foram libertados nesta terça-feira (26) após serem acusados de terrorismo, informou uma ONG que os defende.

“Hoje de manhã, foram libertados da prisão, com apresentações periódicas perante os tribunais a cada 8 dias, Omar de Dios García e Rafael Tarazona da Fundaredes”, relatou o advogado Alfredo Romero, diretor do Foro Penal, organização dedicada à defesa de presos políticos.

O diretor da Fundaredes, Javier Tarazona, “continua privado de liberdade no Helicoide”, acrescentou.

Fundaredes acusa o governo de Maduro de apoiar líderes da dissidência das extintas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) em território venezuelano.

Os três ativistas foram presos em 2 de julho e acusados de “crimes de traição, terrorismo e incitação ao ódio”.

“Nosso diretor-geral, Javier Tarazona, continua detido arbitrariamente no Helicoide Sebin e também deve ser libertado sem quaisquer condições ou restrições porque é inocente dos crimes que pretendem imputar”, disse Fundaredes no Twitter.

Em seu balanço mais recente, o Foro Penal estimou em 289 o número de presos políticos na Venezuela.