Dois corréus no caso de interferência eleitoral de 2020 envolvendo o ex-presidente Donald Trump se entregaram às autoridades da Geórgia nesta terça-feira (22).

Trata-se de Scott Hall e John Eastman, este último um ex-advogado da campanha de Trump. Eles foram autuados na prisão do condado de Fulton, de acordo com os registros das instalações correcionais.

Espera-se que Trump se entregue na mesma prisão na quinta-feira (24). Ele é acusado de tentar fraudar o resultado das eleições presidenciais de 2020, vencidas por seu rival democrata, Joe Biden.

Na segunda-feira (21), o juiz do Tribunal Superior do condado de Fulton, Scott McAfee, estabeleceu fiança de US$ 200.000 (R$ 992 mil, na cotação atual) na segunda-feira para o ex-presidente de 77 anos.

Trump, favorito para a indicação republicana prévia às eleições de 2024, e os outros 18 acusados têm até o meio-dia (13h em Brasília) de sexta-feira para se entregarem às autoridades do estado da Geórgia, no sul do país.

Eastman, um acadêmico conservador do direito constitucional, é acusado de elaborar um plano para submeter ao Congresso uma lista falsa de eleitores de Trump, em vez das legítimas de Biden.

Nos Estados Unidos, os cidadãos não elegem o presidente diretamente. Designam os grandes eleitores de cada estado, estes sim que serão os que votarão em um ou outro candidato. Hall é acusado de associação ilícita e de conspiração para cometer fraude eleitoral.

A fiança de Eastman foi fixada em US$ 100 mil, e a de Hall, em US$ 10 mil (R$ 496 mil e R$ 49,6 mil, respectivamente).

Na semana passada, Trump foi acusado de extorsão e de uma série de crimes eleitorais na Geórgia, após uma investigação de dois anos sobre os esforços para anular sua derrota eleitoral.

Fani Willis, promotora distrital do condado de Fulton, pediu ao juiz que o julgamento de Trump e dos outros corréus seja realizado em 4 de março de 2024. É a quarta acusação criminal contra Trump.

O ex-presidente republicano foi indiciado por suspeita de ter tentado alterar o resultado da eleição presidencial de 2020 em um caso em Washington, por ter mantido documentos confidenciais do governo após deixar o cargo e por pagar uma atriz pornô para manter silêncio sobre um suposto relacionamento extraconjugal.

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