Doenças sexualmente transmissíveis atingem nível recorde nos EUA

Doenças sexualmente transmissíveis atingem nível recorde nos EUA

As doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) atingiram um nível recorde no ano passado nos Estados Unidos, quando foram registrados mais de dois milhões de casos de clamídia, gonorreia e sífilis no país, informaram as autoridades nesta terça-feira.

Este é “o número mais alto já” registrado, assegurou o relatório anual que analisa o comportamento das DSTs e revelado pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, em inglês).

A maioria dos novos casos – 1,6 milhão em 2016 – incluíam clamídia, infecção bacteriana que afeta homens e mulheres.

A gonorreia também aumentou entre homens e mulheres no ano passado, mas o maior aumento se deu entre os homens (22%), segundo relatório.

Em todo o país os casos de gonorreia chegaram a 470.000, com boa parte dos novos registros desta doença em homens que têm relações sexuais com outros homens.

Os casos de sífilis ficaram em 28.000, com um aumento de quase 18% de 2015 para 2016. A maioria também foi registrada em homens que tiveram relações sexuais com outros homens.

Houve mais de 600 casos de sífilis em recém-nascidos, um aumento de 28%, que levaram a “mais de 40 mortes e complicações severas da saúde” destes bebês.

De acordo com os especialistas, estas três doenças podem ser tratadas com antibióticos, apesar das crescentes preocupações sobre a resistência a esses medicamentos.

Mas se não forem tratadas, podem levar à infertilidade, gravidez ectópica e a um risco elevado de transmissão de HIV.