PÁDUA, 19 NOV (ANSA) – Pesquisadores da Universidade de Pádua, na Itália, elaboraram um relatório que foi entregue nesta segunda-feira (19) à promotoria de Florença, que investiga as causas da morte do zagueiro Davide Astori, da Fiorentina, que foi encontrado morto em um quarto de hotel no último dia 4 de março.   

A pesquisa analisou 800 casos de morte súbita entre jovens com menos de 35 anos, portadores de cardiomiopatia arritmogênica, a doença que matou o jogador. “Cem deles são atletas’, diz a anatomopatologista Cristina Basso, do Departamento de Ciências Cardíacas, Torácicas e Vasculares da universidade. A doença é hereditária e mata um em cada quatro jovens atletas que desenvolvem a enfermidade. A prática esportiva, segundo o estudo, multiplica por cinco o risco de morte.   

Os médicos da Fiorentina dizem que os exames anuais realizados pelo clube em Astori não apresentaram anomalias. O relatório encomendado pela promotoria afirma que , em 20% dos casos, a doença não apresenta sinais claros e, segundo os pesquisadores, Astori estaria enquadrado neste grupo. Após a apresentação do documento, a investigação sobre a morte do jogador segue sem apontar possíveis culpados. (ANSA)