Nenhum outro evento combina tão bem música e cinema quanto o “In-Edit”. O tradicional festival internacional de documentários musicais chega a sua 12ª edição com uma versão online que vai de 9 a 20 de setembro e traz mais de 60 filmes nacionais e estrangeiros inéditos no circuito comercial. A programação inclui ainda a “Mostra Portugal”, parceria com o Instituto Camões e voltada para a produção no país, além de workshops, debates e shows exclusivos. O conteúdo pode ser acessado no site www.in-edit-brasil.com e os ingressos custam R$ 3. No “Panorama Brasileiro”, destaque para os filmes sobre as trajetórias de Dorival Caymmi, Pitty, Arto Lindsay, Mestre Cupijó e Elton Medeiros, entre outros. Já na programação internacional há 20 documentários, entre eles “White Riot”, de Rubika Shah. Trata sobre o “Rock Against Racism”, movimento que reuniu bandas como The Clash e Steel Pulse; tem ainda “My Darling Vivian”, de Matt Riddlehoover, onde as filhas do cantor Johnny Cash revelam sua versão para o filme “Johnny & June”, que concorreu ao Oscar; e “Aznavour by Charles”, de Marc di Domenico, com imagens raras que o próprio cantor francês fez de seu dia a dia com uma câmera que ganhou de Edith Piaf.

Alessandro Albert

Uma aula com o mestre

Além dos filmes, o festival In-Edit Brasil oferecerá uma “Masterclass” com o lendário diretor Julien Temple (foto), de 67 anos. Com mediação do jornalista André Barcinski, a aula com o cineasta britânico abordará obras com foco no movimento punk, como “A Grande Trapaça do Rock and Roll” e “O Lixo e a Fúria”, ambas sobre a banda Sex Pistols, e “Joe Strummer: O Futuro Está para ser Escrito”, sobre o líder do The Clash. Temple também foi próximo dos Rolling Stones, e dirigiu “Stones at the Max” e “Running out of Luck”, estrelado por Mick Jagger. Em 2014, filmou “Rio 50 Graus”, sobre a cultura carioca. Agora, ele traz ao festival “Ibiza – The Silent Movie”, sobre a a ilha espanhola nos anos 1990.