CONFORTO O segredo está nos detalhes: a atriz Jessica Alba com seu coturno em Los Angeles

Criadas pelos britânicos como parte do uniforme militar, as “combat boots”, ou botas de combate, foram feitas para os soldados destinados à luta na Segunda Guerra Mundial. Ao contrário das botas anteriores, essas possuíam solados tratorados, evitando quedas, e também cadarços, facilitando assim a vida dos combatentes. Contudo, faltava o conforto. E quem o encontrou foi o médico alemão Klaus Martens, que havia machucado os tornozelos usando as botas do antigo inimigo. Foi na Inglaterra que ele concebeu a marca de coturnos mais famosa do mundo: a Dr. Martens. O modelo, feito a mão, de couro preto e com costura em fio amarelo, foi lançado no dia 1o de abril de 1960 e, por isso, ficou conhecido como “1460”.

Usado em qualquer estação do ano até hoje, foram ícones da contracultura, do punk e do rock, até chegar aos guarda-roupas femininos. Contam com versões em todas as marcas de calçados do mundo – desde a francesa Louis Vuitton até o modelo de plástico da brasileira Melissa. Usados em protestos, os coturnos voltaram às passarelas em 2020. Dior, Prada, Arezzo e Schutz dão exemplos da tendência. “Gosto da versatilidade de como os coturnos entraram no vestuário feminino. Vestem bem com um vestido florido ou com uma calça jeans rasgada”, diz a estilista Débora Leal, que desenhou sua própria versão do calçado. Será que durante o “Dia D” alguém imaginou que um dia os coturnos seriam objetos tão caros e desejados?

 


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