Novak Djokovic avançou à final de Wimbledon nesta sexta-feira ao eliminar o canadense Denis Shapovalov (12º) por 3 sets a 0, parciais de 7-6 (7/3), 7-5 e 7-5 e enfrentará o italiano Matteo Berrettini no domingo em sua tentativa de igualar o recorde de 20 títulos de Grand Slams que pertence a Roger Federer e Rafael Nadal.

O sérvio, número 1 do mundo, vai lutar por seu 6º título em Wimbledon, em sua sétima final na grama londrina. No total, ele disputará sua 30ª final de ‘major’. A vitória desta sexta-feira a 20ª consecutiva em Wimbledon após seus dois títulos em 2018 e 2019. Foi também seu 20º triunfo seguido em um Grand Slam após as campanhas vitoriosas no Aberto da Austrália e Roland Garros.

A vitória no domingo não serviria apenas para deixar Djokovic empatado com Federer e Nadal com 20 títulos do Grand Slam.

Se sagrando campeão ele precisará apenas do título do US Open para se tornar o terceiro tenista da história, e o primeiro desde 1969, a vencer os quatro torneios do Grand Slam.

“O placar (com uma vitória em três sets) não reflete a dificuldade da partida. Faltou um pouco de sorte a ele (Shapovalov) no primeiro set e ele foi melhor durante quase todo o segundo”, analisou o sérvio de 34 anos.

“Eu dou tudo, especialmente nesta fase de um torneio assim. Desistir nunca é uma opção”, disse ele.

Shapovalov deixou a quadra com lágrimas de frustração, tendo lutado nos três sets e não teve sorte no desfecho de nenhum deles.

“Gostaria de lhe dar uma grande salva de palmas por tudo o que fez hoje e também por estas duas semanas. Vamos vê-lo muito no futuro, ele é um grande tenista”, acrescentou ‘Djoko’.

“Novak é um cara incrível. Não acho que ele seja elogiado o suficiente. Ele veio até mim no vestiário, apenas disse algumas palavras. Para mim, significa muito. Ele realmente não precisa”, retribuiu Shapovalov.

No ‘tie break’ do primeiro set, o tênis ultra-ofensivo e arriscado do canadense cobrou seu preço: três erros e uma dupla falta no set point, para dar a Djokovic a vitória no set.

Nos dois seguintes chegaram a 5-5, antes de Djokovic conseguir vencer a partir daí e vencer os dois sets por 7-5.

– Berrettini é 1º italiano a disputar final –

Mais cedo Matteo Berrettini, 9º do ranking mundial, se classificou para sua primeira final de um Grand Slam ao vencer o polonês Hubert Hurkacz, 18º (e que havia eliminado Roger Federer nas quartas de final), por 3 sets a 1, com parciais de 6-3, 6-0, 6-7 (3/7) e 6-4.

“Eu nunca havia sonhado com isso, era grande demais… Mas agora que estou vivendo, tenho que acreditar!”, comentou Berrettini.

Depois de vencer o torneio de Queen’s antes de Wimbledon, ele agora será o primeiro italiano a disputar a final do único torneio de Grand Slam na grama.

Berrettini tentará se tornar o primeiro italiano campeão no masculino de um Grand Slam desde Adriano Panatta, no torneio de Roland Garros de 1976.

Nesta edição de Wimbledon, Berrettini superou seu melhor desempenho em um Grand Slam, que foi a semifinal do Aberto dos Estados Unidos de 2019.

Em Wimbledon, ele participa pela terceira vez e seu melhor resultado até agora havia sido um duelo nas oitavas em 2019. Ele foi então derrotado com contundência (6-1, 6-2 e 6-2) por Federer.

Hurkacz não conseguiu repetir os feitos das rodadas anteriores nesta sexta-feira, depois de eliminar Federer nas quartas de final e o número 2 do mundo, o russo Daniil Medvedev, nas oitavas.

A partir do momento em que o jogo estava 2-3 no primeiro set, o italiano emendou 11 games para vencer o primeiro set, o segundo, e abrir 1-0 no terceiro.

Hurkacz conseguiu reagir nesse terceiro set, que venceu no ‘tie break’, mas no quarto set Berrettini controlou a situação e acabou garantindo a vaga na final.

“Acho que mereci ganhar o terceiro set. Mas quando o perdi, disse a mim mesmo que não era grave. Isso foi importante”, disse Berrettini.

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