O sérvio Novak Djokovic, número 3 do mundo, conquistou neste domingo seu sétimo título de Wimbledon, o 21º Grand Slam de sua carreira, ao derrotar na final o australiano Nick Kyrgios.

Djokovic fechou o jogo em 3 sets a 1, de virada, com parciais de 4-6, 6-3, 6-4 e 7-6 (7/3), em três horas horas de partida.

Este também é o quarto título consecutivo do sérvio em Wimbledon desde 2018 (a edição de 2020 do torneio foi cancelada devido à pandemia de covid-19).

Com esta vitória, ‘Nole’ fica a uma conquista de igualar o número de Grand Slams do recordista Rafael Nadal, que nesta temporada foi campeão do Aberto da Austrália e de Roland Garros.

O sérvio também fica a um título de igualar os oito troféus de Wimbledon do suíço Roger Federer. O recorde absoluto é da americana Martina Navratilova, que venceu o torneio nove vezes.

Djokovic “é meio que um Deus, não vou mentir” reconheceu Kyrgios depois do jogo.

O australiano disse que “absolutamente” não tem vontade de competir por enquanto, mas que espera estar de volta a Wimbledon.

“Creio que eu e minha equipe estamos todos exaustos de tanto tênis. Estou muito feliz com este resultado e talvez um dia eu volte”, ressaltou Kyrgios.

“Nick, você vai voltar”, garantiu Djokovic, considerando que o australiano “demonstrou porque merece ser um dos melhores jogadores do mundo, especialmente na grama”.

“Tenho certeza que veremos você mais vezes nas rodadas finais de Grand Slam”, disse o sérvio, que acrescentou: “nunca pensei que diria tantas coisas boas sobre você”.

“Aparando as arestas” fora das quadras, os dois jogadores tinham combinado que o vencedor convidaria o perdedor para jantar, embora a aposta não pudesse ser paga no mesmo dia, já que era o aniversário de casamento de Djokovic.

“Vamos começar com um jantar e bebidas e depois veremos”, continuou o sérvio sobre este novo “romance”, esperando “que este seja o início de uma relação maravilhosa”.

– Pete Sampras como inspiração –

“Já não tenho palavras para dizer sobre o que este torneio e este troféu representam para mim”, comentou Djokovic.

Wimbledon “sempre foi o mais importante no meu coração. Foi este torneio que me deu vontade de jogar, quando vi Pete Sampras vencer. Foi quando pedi aos meus pais que comprassem uma raquete para mim”, acrescentou.

Com este sétimo título, Djokovic iguala o número de conquistas de Sampras na grama londrina. Além disso, ‘Nole’ também se iguala ao americano com quatro títulos consecutivos em Wimbledon, atrás apenas do sueco Björn Borg e de Federer, que conseguiram cinco títulos seguidos.

O sérvio também chega a uma sequência de 28 vitórias no torneio. Somente Sapras (31), Federer (40) e Borg (41) fizeram melhor.

No total, Djokovic tem 86 vitórias em Wimbledon, onde somente Federer tem mais mais jogos vencidos (105).

– O jogo –

Kyrgios fez uma grande partida, na qual marcou 30 ‘aces’ e levantou o público várias vezes com grandes jogadas.

Focado e sacando com enorme potência e precisão, o australiano levou 16 minutos para quebrar o serviço de Djokovic e, apesar de cometer alguns erros, conseguiu fechar o primeiro set.

No entanto, como fez em outras ocasiões, o sérvio se concentrou no segundo set e, embora tenha tido alguns momentos de hesitação, retomou o controle do jogo, salvando as bolas no fundo de quadra e as deixadinhas de Kyrgios para empatar o jogo.

O australiano deu um show de tênis, mas não evitou polêmicas ao reclamar com o juiz de cadeira pelos gritos de uma espectadora, a quem acusou de estar bêbada, e pelos erros dos juízes de linha.

No terceiro set, Kyrgios pareceu desconcentrado e irritado com o jogo mais agressivo de Djokovic e acabou sofrendo a virada, mas no quarto voltou a sacar firme e não deu chances de quebra até o ‘tie-break’.

No desempate, o australiano se mostrou novamente nervoso e não conseguiu atacar os golpes de backhand do sérvio, que fechou o jogo com uma bola na rede de Kyrgios.

acc/dr/cb