Em entrevista ao Tennis Majors, Novak Djokovic falou mais abertamente sobre ser barrado pelo governo americano e não poder jogar o US Open. O sérvio também reiterou que estava do lado certo no caso do Australian Open.

“Neste momento, quem não está vacinado não pode entrar nos Estados Unidos. Ouvi dizer que algumas pessoas fugiram e entraram, pessoas que não são ‘famosas’, mas eu nem pensaria em ir lá se eles não são permitidos. Algumas pessoas pensam que eu cometi esse erro na Austrália, mas foi exatamente o contrário. Na verdade, eu tive uma isenção médica, etc., mas não quero falar sobre isso novamente. Uma coisa é: se me falarem que não posso ir, eu não vou. Eu nunca me colocaria nessa situação: mesmo que conseguisse acessar, eles me veriam jogando na TV e iriam me deter imediatamente!” , afirma um Novak que também revelou um apoio inesperado em seu argumento: Tennys Sandgren, um dos poucos jogadores não vacinados do circuito que, estando em casa, poderá disputar o torneio de Nova York, em agosto.

“Falando sério, esses dias eu pude falar com Tennys Sandgren. Eu queria agradecê-lo pelo apoio público que ele me deu com toda essa questão. O que ele disse faz todo o sentido no mundo: se jogadores não vacinados não forem permitidos para jogar o US Open, esse deveria ser o caso de todos. Não vejo nenhuma lógica científica no fato de Tennys poder jogar porque ele é cidadão americano e eu não. Se eu tivesse um passaporte americano ou um green card eu poderia jogar. Talvez haja uma lógica política por trás de tudo isso, mas eu prefiro não entrar nisso, você pode entender o porquê”, disse Nole.

A ausência do US Open custará mais 1.200 pontos no ranking do sérvio que já perdeu 2000 do Australian Open e perderá mais 2000 de Wimbledon que não oferecerá pontuação por conta do boicote dado aos russos e bielorrussos pela guerra e reação da ATP.