Os dividendos aos acionistas de empresas ao redor do mundo receberam benefícios recordes de 1,37 trilhão de dólares em 2018, uma alta de 9,3%, e, em 2019, voltarão a aumentar, segundo um estudo da empresa Janus Henderson Global Investors.

“Vários setores, como os de minério, petróleo e bancário, regularizaram seus pagamentos de dividendos, após um período em que os mesmos foram baixos ou inexistentes”, informou em comunicado Ben Lofthouse, diretor de gestão de capital internacional de alto rendimento da Janus Henderson.

“Algumas das grandes empresas de tecnologia estão adotando cada vez mais uma cultura de pagamento de dividendos”, disse, assinalando que “o impacto dos cortes de impostos nos Estados Unidos também ajudou muito o aumento de dividendos”.

Segundo a consultoria Janus Henderson, “os dividendos aumentarão 3,3% em 2019, chegando a 1,41 trilhão de dólares”.

“As previsões de ganhos corporativos caíram, a perspectiva econômica global foi revisada para baixo, mas a maioria dos observadores continuam esperando que as empresas registrem um crescimento de ganhos em 2019”, afirmou Lofthouse. “Os dividendos são muito menos voláteis do que os lucros, por isso permanecemos otimistas em relação às suas perspectivas.”

Excluindo os dividendos excepcionais, “os países emergentes, América do Norte e Japão tiveram um desempenho melhor, ao contrário da Europa, que ficou para trás”, assinala o relatório.

“Estados Unidos e Canadá registraram pagamentos históricos” e estabeleceram um recorde de quase 510 bilhões de dólares, segundo o estudo.

Em contrapartida, os dividendos pagos na Europa “cresceram mais lentamente, já que foram afetados pelo crescimento fraco da Suíça e pela forte redução feita pela cervejeira Anheuser Busch na Bélgica”.

“No entanto, o ano não foi ruim para a região, já que nove em cada 10 empresas europeias aumentaram seus dividendos, lideradas pela Alemanha. França, Espanha e Itália também tiveram um bom desempenho”, assinala o estudo.

Entre as empresas que pagaram os maiores dividendos aparecem a petroleira Royal Dutch Shell, no topo pelo terceiro ano consecutivo, seguida por Apple e Exxon Mobil.