O estoque da Dívida Pública Federal (DPF) caiu 0,80% em julho e fechou o mês em R$ 6,142 trilhões. Os dados foram divulgados nesta terça-feira, 29, pelo Tesouro Nacional. Em junho, o estoque estava em R$ 6,191 trilhões.

A correção de juros no estoque da DPF foi de R$ 43,44 bilhões no mês passado, enquanto houve um resgate líquido de R$ 92,68 bilhões.

A DPF inclui a dívida interna e externa. A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) recuou 0,74% em julho e fechou o mês em R$ 5,913 trilhões. Já a Dívida Pública Federal externa (DPFe) ficou 2,17% menor no mês, somando R$ 228,96 bilhões ao fim de junho.

Parcela de títulos

A parcela de títulos da DPF atrelados à Selic subiu em julho, para 41,20%. Em junho, estava em 39,52%. Já os papéis prefixados diminuíram a fatia de 27,04% para 24,65%.

Os títulos remunerados pela inflação ampliaram para 30,21% do estoque da DPF em julho, ante 29,46% em junho. Os papéis cambiais oscilaram a participação na DPF de 3,99% para 3,93% no mês passado.

O Tesouro informou ainda que parcela da DPF a vencer em 12 meses apresentou queda, passando de 19,71% em junho para 18,21% em julho.

O prazo médio da dívida teve elevação de 3,98 anos para 4,06 anos na mesma comparação. Já o custo médio acumulado em 12 meses da DPF subiu de 10,00% ao ano para 10,07% a.a. no mês passado.

Participações

A participação dos investidores estrangeiros no total da Dívida Pública caiu em julho. De acordo com dados divulgados pelo Tesouro Nacional, a parcela dos investidores não residentes no Brasil no estoque da DPMFi passou de 9,48% em junho para 9,22% no mês passado.

No fim de 2022, a fatia estava em 9,36%. O estoque de papéis nas mãos dos estrangeiros somou R$ 545,39 bilhões em julho, ante R$ 564,77 bilhões em junho.

A maior participação no estoque da DPMFi continuou com as instituições financeiras, com 29,21% em julho, ante 29,19% em junho.

A parcela dos fundos de investimentos passou de 24,28% para 24,10% no mês passado. Na sequência, o grupo Previdência passou de uma participação de 22,70% para 23,12% de um mês para o outro. Já as seguradoras passaram de 4,03% para 4,06% na mesma comparação.

‘Colchão da dívida’

O Tesouro Nacional encerrou julho com R$ 991,85 bilhões no chamado “colchão da dívida”, a reserva de liquidez feita para honrar compromissos com investidores que compram os títulos brasileiros.

O valor observado é 11,32% menor em termos nominais que os R$ 1,118 trilhão que estavam na reserva em junho.

O montante também é 15,78% menor, em termos nominais, que o observado em julho de 2022 (R$ 1,178 trilhão).

O valor serve de termômetro para saber se o País tem recursos para pagar seus investidores ou precisará recorrer rapidamente ao mercado para reforçar o caixa.

O montante de julho era suficiente para cobrir 8,28 meses de pagamentos de títulos. O Tesouro trabalha com um mínimo prudencial equivalente a uma reserva para três meses de vencimentos.