A maioria dos presos em novembro em uma grande operação anticorrupção na Arábia Saudita aceitaram um acordo financeiro em troca de serem liberados, declarou nesta terça-feira (5) o procurador-geral do país.
Ao todo, mais de 200 personalidades influentes, entre elas ministros, ex-ministros e até o bilionários príncipe Al Walid bin Talal, foram presas em novembro no país.
A ação aconteceu após a criação de uma comissão anticorrupção presidida pelo príncipe herdeiro Mohamed bin Salmán, novo homem-forte da Arábia Saudita.
“A maioria dos detidos acusados de corrupção pelo comitê aceitaram um acordo”, indicou o procurador-geral em comunicado. Segundo ele, 159 pessoas estão presas atualmente.
“Os ajustes necessários estão sendo finalizados para concluir este acordo”, afirmou.
Em entrevista ao jornal New York Times publicada em novembro, Mohamed bin Salmán declarou que 95% dos dos presos tinha aceitado uma “solução” ou a restituição ao Tesouro saudita dos ganhos ilícitos, durante essas negociações.
Segundo o procurador-geral da Arábia Saudita, pelo menos 100 bilhões de dólares tinham sido desviados, ou utilizados para corrupção no reino, há décadas.
Uma fonte próxima ao governo anunciou, no fim do mês passado, a liberação do príncipe Metab bin Abdalá, filho do falecido rei Abdalá.
Ele foi posto em liberdade após ter pagado mais de 1 bilhão de dólares em um “acordo transacional” com as autoridades, segundo a agência Bloomberg News.