O estado cultural de uma nação não se mede somente pelo número de bibliotecas e teatros erigidos, mas sim pela concepção dos seus líderes acerca da importância da defesa da diversidade como fator primordial de desenvolvimento. Nessa perspectiva, a escolha de Margareth Menezes pelo presidente Lula para representar e gerir a cultura brasileira é um retrato vivo dessa ideia, um daguerreótipo que revela a esperança de todos aqueles que amam e produzem cultura no Brasil. A diversidade é, sem sombra de dúvidas, a maior riqueza da sociedade brasileira, e deve ser valorizada e respeitada em todas as suas expressões. Jamais deve ser ocultada ou minimizada. Essa riqueza imensurável enriquece a nossa cultura, faz parte da nossa identidade nacional e é imprescindível para promover a inclusão social e combater a discriminação e o preconceito. Porém, para que ela seja valorizada e respeitada em todas as suas manifestações, urge a necessidade de políticas públicas que assegurem a igualdade de oportunidades e o acesso à cultura para todos os segmentos sociais.

O desafio político agora é promover a igualdade de oportunidades para todos os estratos sociais

É imprescindível promover eventos culturais que celebrem a diversidade, criar programas que incentivem a produção cultural de grupos marginalizados historicamente e implementar políticas de inclusão nas áreas de educação, saúde e trabalho. Além disso, é preciso fomentar as manifestações da cultura popular tradicional, uma vez que a ausência de políticas culturais nos últimos anos deixou as margens quase secas, enfraquecendo o próprio rio da cultura. A diversidade deve ser respeitada cotidianamente, por meio do diálogo, da compreensão e do respeito às diferenças. O combate à discriminação e ao preconceito em todas as suas formas deve ser uma batalha incessante, valorizando a diversidade como fator de enriquecimento e fortalecimento da sociedade brasileira. Contudo, é imperativo que se compreenda que há um todo do qual todos fazem parte.

Ao reconhecer a importância da diversidade, os políticos podem adotar políticas públicas mais inclusivas, promovendo a igualdade de oportunidades e o acesso à cultura para todos os estratos sociais. Todavia, é preciso salientar que a crença na diversidade como fator de desenvolvimento não é suficiente por si só. É necessário que essas políticas sejam efetivamente colocadas em prática, de forma capilar e eficaz, para que se possa criar uma nova era para a cultura no Brasil, mais inclusiva, respeitosa e representativa de todas as suas facetas. Somente assim será possível valorizar a diversidade, reconhecendo que cada indivíduo é único e importante, e que juntos, formamos uma sociedade mais justa, inclusiva e enriquecedora.