Uma plataforma de grupos dissidentes cubanos convocou a população a uma consulta civil para uma reforma constitucional que inclua “eleições livres” e que começará na segunda-feira, 27 de janeiro, com 48 encontros simultâneos em todo o país.

“Começamos, assim, com a realização simultânea em 27 de janeiro, véspera do nascimento de José Martí (herói nacional, 1853-95), de 48 encontros de Mesas de Iniciativa Constitucional em todo o país para sustentar um debate deliberativo entre cidadãos”, disse uma comunicação escrita enviada nesta segunda-feira à AFP.

O anúncio da ilegal porém tolerada Plataforma #Otro18 é feito logo após a eleição de governadores e vice-governadores provinciais, em que vereadores municipais aprovaram as propostas do presidente Miguel Díaz-Canel.

Os vereadores, propostos e eleitos pela população, têm a representatividade de seus eleitores no voto, segundo as leis vigentes.

As autoridades cubanas terminaram em abril uma reforma constitucional que ratificou o Partido Comunista como único e “força dirigente superior da sociedade”, realidade que uma ignorada dissidência tenta mudar.

Os opositores alegam estar respaldados pelo artículo 56 da Constituição.