Um tucano disfarçado de bolsonarista, o ex-deputado Rogério Marinho está dando bicadas no ministro Paulo Guedes.

Considerado “desenvolvimentista”, em claro confronto com o “liberalismo” de Guedes, Marinho tenta emplacar o plano Pós-Brasil, que teria em torno de R$ 50 bilhões para promover a gastança em obras públicas entre 2021 e 2022, mirando a reeleição de Bolsonaro. Seriam 137 obras.

Só para revitalizar o Rio São Francisco seriam R$ 15 bilhões. Para obter a grana, Marinho trabalha na Câmara para aprovar o projeto dos fundos, do deputado Mauro Benevides, que pode render R$ 177 bilhões para o caixa do governo. Gastar é o sonho de Marinho e Bolsonaro.

Teto de gastos

Já Guedes está apavorado com a movimentação de seu ex-pupilo, sobretudo quanto à pressão do aumento dos investimentos no teto de gastos. Afinal, o déficit primário já atingiu R$ 188,6 bilhões em junho. Pode fazer saltar a dívida pública de 85,5% para 98,2% do PIB. Um prato cheio para as agências de risco.

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