O ministro-chefe da Secretaria Geral de Governo, Wellington Moreira Franco, evitou dar uma data sobre o início da votação da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados. “Não vou dar uma de mãe Dináh e dizer quando reforma começa a ser votada”, disse após participar do Fórum Estadão Reforma da Previdência.

Moreira Franco enfatizou que a discussão na Câmara começa na próxima quinta-feira e que, se estiver madura, vai para votação. O presidente Michel Temer afirmou nos últimos dias que a proposta poderá ir à votação no início do ano que vem, caso não seja aprovada neste ano.

O ministro disse que a expectativa do governo é que haja poucas dúvidas por parte dos deputados sobre o texto da reforma. Ele não respondeu diretamente a perguntas sobre o número de votos favoráveis que o governo já teria conquistado.

Quando questionado se a substituição de Antônio Imbassahy por Carlos Marun na Secretaria Geral de Governo ajuda na obtenção de mais votos, Moreira Franco limitou-se a dizer: “Penso que ajuda.”

Como afirmou em sua apresentação, Moreira Franco disse que a fala do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, sobre a reforma da Previdência ao ser eleito presidente do PSDB é importante porque dá nitidez, rumo ao partido. “E partidos devem ter nitidez programática”, disse. Em sua apresentação no Fórum Estadão, o ministro afirmou que entende que Alckmin fez com que PSDB se reencontre com sua tradição.

Questionado se essa evidência de afinidade entre o PSDB presidido por Alckmin e o Planalto poderia resultar em uma aliança em 2018, Moreira Franco respondeu que ainda é cedo para falar de eleição.

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Moreira Franco afirmou que não há imoralidade no fato de o governo negociar com parlamentares. “Os recursos são para investimento”, disse. Segundo levantamento do jornal Estadão, o governo já liberou cerca de R$ 43 bilhões em emendas parlamentares na jornada em busca de mais votos para a aprovação da PEC da Previdência.


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