Coluna: Coluna do Mazzini

Leandro Mazzini é colunista da revista Isto É. Começou a carreira jornalística em 1996. É graduado em Comunicação Social pela FACHA, do Rio de Janeiro, e pós-graduado em Ciência Política pela UnB. A partir de 2000, passou por ‘Jornal do Brasil’, ‘Agência Rio de Notícias’, ‘Correio do Brasil’, ‘Gazeta Mercantil’ e outros veículos. Assinou o Informe JB de 2007 a 2011, e também foi colunista da Gazeta. Entre 2009 e 2014 apresentou os programas ‘Frente a Frente’ e ‘Tribuna Independente’ (ao vivo) na REDEVIDA de Televisão, em rede, foi comentarista político do telejornal da Vida, na mesma emissora e foi comentarista da Rede Mais/Record TV em MG. Em 2011, lançou a ‘Coluna Esplanada’, reproduzida hoje em mais de 50 jornais de todas as capitais. Foi colunista dos portais ‘UOL’ e ‘iG’. Apresenta o programa de entrevistas "Líderes em Destaque" na Band Rio. Assina a coluna com equipe em Brasília, e correspondentes no Rio, Salvador e São Paulo.

“Discurso de candidato” de Haddad não convence mercado

Reuters
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad Foto: Reuters

O mercado brasileiro e investidores – e aqui entram dos especuladores que ganham dinheiro até o pipoqueiro da esquina – parecem não ter acreditado no discurso do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em rede nacional na noite de quarta-feira (27). O anúncio pode ter frustrado ou não convencido. O dólar disparou hoje e passou dos R$ 6 na praça, um patamar inédito na História do País.

As poucas medidas, anunciadas superficialmente e sem detalhes – estratégia para uma linguagem popular televisiva – foram precedidas de um amplo cenário exposto por ele de conquistas sociais e econômicas desde o início do Governo Lula da Silva III, e vistas como um prenúncio de sua potencial candidatura a presidente da República, em 2026 ou 2030, como o escolhido do Barba.

Ontem, durante o dia, bem antes da aparição na TV em rede, petistas e aliados espalharam por mensagens de celular e nas redes sociais um banner bem feito com a foto de Haddad e a hora do anúncio – além de gerar uma expectativa, criou-se um claro ambiente para muitos críticos apontarem autopromoção e uma mensagem clara de que usa o espaço para alçar seu nome ao Palácio do Planalto futuramente como “salvador da nação”.

Porta-voz do Governo que fala em taxar ricos e ajudar os pobres, Haddad deixou a desejar, por exemplo, ao não se esforçar com o presidente Lula da Silva em mirar os excêntricos gastos da folha do Judiciário do País. Só para citar um dos setores poupados.

A mensagem de Haddad ontem na TV foi apenas um recado para a população e para o patronato de que será o candidato a presidente. E só.

"Discurso de candidato" de Haddad não convence mercado