O dólar chegou ao final da tarde desta terça-feira, 17, em direção distinta em relação às principais moedas, à medida que os investidores ponderaram números da economia dos Estados Unidos e falas de dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).

No horário de fechamento das bolsas de Nova York, o dólar caía para 107,01 ienes. O euro, por sua vez, recuava para US$ 1,2373, enquanto a libra cedia para US$ 1,4286.

Do lado do fortalecimento da moeda americana, os recentes indicadores da economia do país sugerem a retomada de fôlego no final do primeiro trimestre. Enquanto a atividade deu sinais de enfraquecimento no começo do ano, já em março os dados mostraram recuperação.

Hoje pela manhã, o Fed informou que a produção industrial dos Estados Unidos registrou alta de 0,5% em março ante fevereiro. O resultado, que tem ajustes sazonais, superou levemente a expectativa de analistas consultados pelo Wall Street Journal, que previam avanço de 0,4%.

Ontem, o Departamento do Comércio apontou alta de 0,6% nas vendas do varejo no mesmo período, bem acima da previsão de 0,3%.

O fortalecimento da economia americana sugere a necessidade de juros mais altos para controlar as pressões inflacionárias, o que também causa a valorização do dólar.

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No entanto, na contramão, o discurso de Charles Evans, presidente da distrital de Chicago do Fed, trouxe uma pressão de queda para a moeda americana. Ele só tem poder de voto no Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) no próximo ano, porém comentou que não prevê “um risco desproporcional de desobstrução da inflação” e disse que o baixo desemprego e a inflação ainda longe da meta de 2% podem ser sinais de problemas no mercado de trabalho dos EUA.

Além disso, o presidente do Fed de San Francisco, John Williams, comentou, durante evento em Madri, que as incertezas comerciais podem representar um risco para a economia global e que “a incerteza, sozinha, mesmo sem ações concretas, pode ter um efeito negativo sobre as empresas e sobre as pessoas”. Williams assume em junho o Fed de Nova York, cujo presidente tem assento permanente no Fomc.


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