Se for confirmada a sua negociação com o Al Duhail, do Qatar, Dudu voltará ao exterior muito mais preparado do que quando retornou ao Brasil, há seis anos. A conclusão é de Rui Costa, que repatriou o atacante, que estava no Dínamo de Kiev, da Ucrânia, para atuar por empréstimo ao longo da temporada de 2014 quando era diretor executivo do Grêmio.

– Em determinado momento da assinatura do contrato com o Grêmio, depois de termos conversado bastante, percebi que ele estava muito focado em ser protagonista no futebol brasileiro, o que se confirmaria , tanto no Grêmio como no Palmeiras. Foi com essa percepção muito clara que eu afirmei que ele teria uma trajetória de muito sucesso neste retorno ao Brasil – lembrou Rui Costa.

– O tempo confirmou esta previsão, e eu percebo que ele deixa o país muito mais preparado e maduro do que quando voltou do exterior, inclusive em uma condição de ídolo – prosseguiu o ex-dirigente do Grêmio.

Foi por chamar atenção no Grêmio, atuando por empréstimo, em 2014, que Dudu foi parar no Palmeiras. O atacante chegou a estar perto de Corinthians e São Paulo, mas o Verdão acertou ao pagar 6 milhões de euros ao Dínamo de Kiev. Assim, teve um jogador decisivo nas conquistas do Brasileiro de 2016 e 2018 e na Copa do Brasil de 2015, além de ser recordista em gols e assistências no clube no século e acumular também essas marcas no Allianz Parque.

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Rui Costa avalia que, com a camisa alviverde, Dudu confirmou o que já projetava ao ser revelado no Cruzeiro. O dirigente disse que acompanhava o desempenho do atacante e, com a influência de Enderson Moreira, então técnico do Grêmio, fez a aposta ao repatriá-lo por empréstimo.

– Tínhamos o nome dele em nossas observações, juntamente com vários atletas brasileiros que estavam no exterior, e, quando o Enderson Moreira citou o Dudu, já tínhamos amplo conhecimento das suas características e trajetória profissional. A partir desta sintonia, surgiu a oportunidade de buscarmos um atacante de profundidade, veloz e com muita qualidade técnica, perfil este muito bem representado pelo Dudu – recordou o dirigente.

– Naquela época, não tínhamos ninguém no Brasil com a característica dele. Chegamos ao consenso de que ele seria muito importante para o Grêmio naquele momento, e a forma como conduzimos a negociação foi preponderantemente para que ele aceitasse vir para o clube – completou Rui Costa, enaltecendo também Luiz Felipe Scolari, técnico que trabalhou com Dudu nos últimos meses do atacante no Tricolor gaúcho, em 2014.

– Enderson foi um grande entusiasta e parceiro na vinda do Dudu e na sua readaptação ao futebol brasileiro, depois o Scolari foi importante também no aprimoramento do atleta, naquilo que hoje é sua principal característica – avaliou o ex-diretor executivo do Grêmio.

– Lembro que ele (Scolari) se dedicou muito a evoluir o Dudu no aspecto de finalização a gol e na busca da condição de artilheiro, o que se mostrou extremamente importante e decisivo na sua carreira. Foi assim que ele teve grande destaque no Grêmio e se transformou em um dos grandes protagonistas do futebol mundial no Palmeiras – concluiu.


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