O vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos, afirmou nesta quinta-feira, 14, que, em junho, a autoridade monetária terá reunido informações mais completas sobre atividade e inflação na zona do euro e, dessa forma, poderá ter condições de fazer ajuste na política. Em discurso durante evento promovido pelo La Vanguardia, o dirigente explicou que a evolução da trajetória de preços tem sido favorável nos últimos meses, mas garantiu que a instituição evitará uma complacência em relação ao quadro. “Esperamos seguir acumulando mais evidência de que a inflação converge à meta”, disse.

Guindos ressaltou que “o último quilômetro” no processo de retomada da estabilidade de preços deve ser o mais difícil. Segundo ele, o BCE optou por manter a taxa básica, na semana passada, para ter tempo de coletar mais dados sobre as dinâmicas que afetam os preços, entre elas o vigor do mercado de trabalho.

O dirigente reconheceu que a economia europeia enfrenta um período de fraqueza, mas projetou uma “certa recuperação” à frente. Para ele, há um “perfil” positivo no que diz respeito à atividade.

Guindos comentou ainda que a exposição dos bancos na Europa ao mercado imobiliário comercial é limitada, o que minimiza os riscos nessa área.