A Petrobras informou ao mercado nesta quinta-feira, 11, que a Assembleia-Geral Extraordinária (AGE) que vai destituir Roberto Castello Branco do Conselho de Administração será realizada no dia 12 de abril. Segundo disse ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) uma fonte ligada ao assunto, toda a diretoria da empresa será mantida até lá, inclusive o presidente, Roberto Castello Branco, apesar de o mandato terminar no dia 20 de março.

Além de confirmar a destituição de Castello Branco, feita publicamente em fevereiro pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, a assembleia vai eleger os novos conselheiros da estatal anunciados esta semana, após indicações dos ministérios de Minas e Energia (MME) e da Economia.

O general Joaquim Silva e Luna, indicado por Bolsonaro para o lugar do atual presidente da companhia, também será eleito conselheiro, condição para assumir a presidência.

Depois de eleito conselheiro, Silva e Luna deverá ser conduzido à presidência da Petrobras na Assembleia-Geral Ordinária, no dia 14.

No mercado, havia especulações sobre quem comandaria a Petrobras entre o fim do mandato de Castello Branco e a assembleia de abril, com apostas de que um diretor poderia ser elevado ao cargo de presidente interino ou o presidente do Conselho de Administração, Eduardo Bacellar Leal Ferreira, poderia assumir.

Na AGE serão votados os seguintes nomes: Eduardo Bacellar Leal Ferreira, Joaquim Silva e Luna, Ruy Flaks Schneider, Márcio Andrade Weber, Murilo Marroquim de Souza, Sonia Julia Sulzbeck Villalobos, Cynthia Santana Silveira e Ana Silvia Corso Matte, todos indicados pelo acionista controlador, a União, além de Leonardo Pietro Antonelli, indicado por minoritários.

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De acordo com analistas, os novos nomes do conselho, considerados técnicos e competentes, deram um alívio diante da forma atabalhoada com que Bolsonaro demitiu Castello Branco. A maioria é conhecida do setor, dando maior segurança para que a governança da companhia seja preservada, avaliam.


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